Todos os becos têm uma entrada
Mas nem todos nos mostram a saída;
Todas as casas têm um corredor
Mas nem todos têm poemas de amor;
Todas as salas têm alguns recantos
Mas nem sempre mesa, cadeiras ou bancos;
Todo o mundo vê a natureza
Mas nem todo o mundo lhe encontra beleza;
Toda a gente quer ter um amigo
Mas nem sempre está pronto a servir-lhe de abrigo.
Procuro na minha serenidade
que o alcance dos teus sonhos
limpe o orvalho deixado
nas tuas asas pelas chuvas de Maio.
São os meus ímpetos que retraio
porque não posso voar por ti,
mas apenas enxugar as tuas penas
à espera que partas de novo.
Digo-te um segredo
que vence o teu silêncio de menino.
Porquê mãe, porque é que o tempo
não demora assim tanto tempo?
Ali ou no Além,
Alguém
Me ensina que num breve abraço
Não existe dor, não existe espaço.
Forte é o sabor
Forte é porque o faço.
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